Em nova entrevista liberada para a GQ Style, Sebastian fala um pouco sobre sua rotina de exercícios, projetos futuros, a cidade onde cresceu e seu trabalho em Capitão América. Confira:

GQ: Você é baseado em Nova York? 
Eu sou, eu sou. Estou vendo esse tempo maravilhoso agora. É tão lindo que está me deixando ansioso.

Por que?
Porque sinto que eu tenho que ir viver a vida, todos os dias.

O que você faz quando o tempo está bonito, para aproveitar?
Ah, o comum. Correr seis milhas, ler um livro, sair até as 3. Tudo. [risos] Estou brincando. Provavelmente 5 minutos de cada uma dessas coisas.

Você pode apenas correr pelas ruas?
Sim, é Nova York. Ninguém liga. Eu corri pelo West Side Highway ontem; foi fantástico.

Você alguma vez recebe tipo, segundas olhadas?
Não, mas hoje eu encontrei com uma fã na rua que reconheço de algumas convenções. Alguns fãs são tão leais que você acaba os vendo novamente em locais diferentes. Então, encontrei com ela na rua, e você sempre pensa, Oh, oi, achei que te conhecia mesmo. Mas depois você pensa… Isso é mesmo uma coincidência? Eu tento nunca compartilhar minha localização, sabe.

Quer dizer em redes sociais?
Sim. Ben, eu era bem contra redes sociais por muito tempo. Agora não posso viver sem.

Você é bem ativo no Instagram.
É parte do mundo que vivemos agora, realmente. eu entendo o modo em que se encaixa nos negócios, em todos os negócios. Como na outra noite no CFDA Awards, onde fui com Yodd Synder; foi uma ótima oportunidade. A) foi divertido e B) é uma ótima parceria. E depois sinto que devo me conectar com os fãs; conexão individual é importante. Não costumava ser assim. Costumava ser -falo de 30, 40 anos atrás- o quanto menos as pessoas souberem sobre você, melhor, porque mais papeis diferentes você podia conseguir. Tem prós e contras sobre tudo isso. O que eu acho é que as conexões individuais com os fãs são legais —uma vez que você ganha menagens ótimas ou artes, é realmente gratificante. Eu vejo como um plus, por esse lado.

Você tem um passado teatral bem forte. Você fará mais disso em breve?
Eu amo. Queria poder fazer mais. Com teatro, é mais sobre uma janela específica. Se trata de disponibilidade. O comprometimento ali é toda noite, oito shows por semana e eu acho que é ainda mais importante se conectar com o material e com o que você está fazendo porque você fará o mesmo toda noite. Se você olha algo assim, é muito específico. Não é fácil encontrar algo assim, mas sempre fico procurando. Teatro é o mais desafiador de fazer, é só você e você, sem cordas e amarras. Você não pode pedir um intervalo, está em uma montanha russa.

Você foi a um famoso campo de teatro, Stagedoor Manor, quando era mais jovem. Como foi a experiência? 
Foi um lugar mágico, mágico. A época que eu estive lá foi muito particular. Primeiramente, não haviam celulares. A primeira coisa que falaram quando chegamos é que você não estava permitido a falar com seus pais, com seus amigos. Sem distrações. Você era forçado a aceitar o meio ambiente. Te faz sair da sua concha e eu acabei com incríveis amizades dali. Encontrei meu agente lá e estamos trabalhando juntos por 17 anos. Foi um lugar especial. Foi triste dizer adeus e voltar pra casa. Foi real pra caralho, cara. Foi antes de Glee! Era tipo, você está na mesa dos legais ou não? Na mesa respeitada. Sempre houveram essas hierarquias e tal— é apenas um produto dessa natureza —mas no Stagedoor, todos eram aceitos.

No que você foi escalado?
Fui em dois verões e fui escalado em musicais. Fui Danny Zuko em Grease e fiz o musical Sweet Charity, e depois On the Twentieth Century. Foram ótimos. Digo, cantar não é meu ponto forte mas eu realmente aproveitei. 

Você foi calorosamente aceito pela comunidade fashion. É algo que você sempre teve interesse? 
Sabe, é importante; tudo vai de mão em mão. Como eu entendo isso é assim: pra mim, atuar é prioridade. Quando trabalho em um papel, uma das coisas que amo é fazer uma colagem com coisas que gosto, que me inspiram, imagens, o que seja. Eu tento olhar sobre um ponto fixo. As vezes, me envolver com moda pode dar ideias pra coisas diferentes. É como um filme de certo modo, é um modo diferente de pensar sobre a coisa.

Eu estava na exposição da escola pública alguns dias atrás. Amei tudo, desde o local, a música, os temas, os sentimentos, a iluminação —foi uma performance completa. Tive uma certa educação na Fashion Week e posso aproveitar ainda mais agora, quando você vê um designer juntando tudo pro seu show. É arte, os caras tem voz criativa. Todo detalhe conta; é incrível. 

Em Capitão América, você está bem em forma. Quanto do trabalho é parecer com o personagem e quanto é sobre a vida interna dele? 
Acredito firmamente que a vida externa da pessoa realmente te informa como você atua. Quando se trata de personagens, Jack Nicholson diz pra deixar o figurino fazer o trabalho. O que você veste e apresenta. O que você veste, como agr, diz muito pras pessoas sobre quem você é. O guarda roupa diz muito sobre o personagem. Então em Civil War e nos filmes da Marvel, deixar meu cabelo crescer — e sim, não estava usando peruca. Eu deixei o cabelo crescer e adicionaram extensões nele— eu amo isso. O filme que acabei de filmar em Los Angeles, pintei meu cabelo de loiro e mudei o jeito de me vestir e as pessoas reagiram a isso. E pra mim, você tem que estar em forma toda hora, a não ser que o personagem exija que você ganhe peso. Além disso, gosto de ser atlético, isso faz eu me sentir bem.
Então você vai a academia? Ou joga esportes?
Olhe, o tempo está ótimo em NY agora, então tento sair. Eu jogo basquete ou fazer corrida. É a mentalidade típica de Nova York, sair de casa e aproveitar o tempo bom. As vezes é até legal aparecer em academias diferentes pela cidade pra não fazer a mesma coisa sempre. Acredito firmemente que se dedicar a atividade 20 ou 30 minutos por dia, nem que seja uma caminhada, fará seu dia melhor.
Mas você tem um regime mais específico para filmes? Tipo Capitão América?
Sim, bem, para esse último, acho que exagerei um pouco. Cheguei a 90 quilos, que eu nunca tinha chegado nunca na vida. Eu sabia que estaria rodeado por esses caras que parecem mamutes. Foi pela minha própria confiança. Foi louco, porque de repente você está maior e suas roupas não servem mais. O jeans não fica mais bonito. E isso muda sua vida social. De repente você tem que comer um monte de comida específica. Não posso pular refeições, tenho que comer de 2 em 2 horas. Eu literalmente levantava pra comer no meio da noite. Dormia, acordava, fazia xixi, ia pra geladeira, comia dois peitos de frango e dormia novamente.
Não é comida, é combustível.
Exato. E você vê seu corpo transformando, mas sua energia cai. Seu corpo sempre está processando comida. Tem prós e contras mas você ganha respeito por pessoas que fazem isso. Me ajudou a sentir que eu sentia parte desse mundo.

O que vem a seguir pra você? 
Tem esse filme que fiz chamado I’m Not Here, com J.K Simmons, Michael Monroe e Mandy Moore. A linha de pensamento é: Um homem procura redenção quando encontra uma mulher corajosa e bonita. Se passa nos anos 80 e tem um roteiro ótimo; é meio diferente. Michelle Schumacher, a esposa de J.K., dirigiu o filme e é um projeto muito passional pra eles. Eu interpretei um pai recém-casado, e eu tive um menininho chamado Jeremy que é muito talentoso interpretando meu filho E eu sempre fui um grande fã de Jim Carrey, e comédia sempre foi uma paixão não tão secreta pra mim. Ele está produzindo uma série na Showtime chamada I’m Dying Up Here, sobre comédia nos anos 70, e eu tenho um papel lá como um comediante stand up. 

É uma comédia?
Não. Escute, sim, é engraçado, mas é realmente sobre o início da carreira de Jay Leno, David Letterman, Robin Williams, todos esses caras dos anos 70. Mas é obscura, cara, porque por mais engraçados que eles fossem, haviam lugares sombrios. A série realmente captura os dois lados da fama que energizou as noites longas, sem dormir e cheias de drogas dessa era. 

Há algo oficial com o próximo filme do Capitão América? 
Terá um, mas não sei quando. É meio que um mistério estranho. É divertido e tenso. O melhor jeito de descrever é quando você recebe uma ligação um dia e é tipo “Você vai ao set agora”, e então você vai. Todos nos damos muito bem, então é divertido. Minha relação com Anthony Mackie é uma das coisas mais incríveis na minha vida, ter conhecido aquele cara. É divertido. Muito colaborativo. Todos sabem o objetivo: fazer algo ótimo e diferente que surpreenda os fãs. Todos temos papeis ali. Sem drama.

Tem aquela obsessão com seu personagem, Bucky e Capitão América estarem apaixonados e se beijando. Você vê isso? Algum pensamento sobre?
Olhe, cara, acho ótimo. Filmes estão aí pras pessoas se identificarem do jeito que quiserem. Ninguém aqui vai apontar o dedo e dizer se está certo ou errado. Pra mim é tipo, Awww, é fofo, é ótimo. Se alguém tira tempo pra pensar sobre isso, é ótimo. Porém, eu não vejo o personagem desse modo. Mas não tem resposta certa ou errada.

Fonte

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