Sebastian concedeu uma entrevista ao Refinery 29 sobre seu novo filme, Endings, Begginings, e falou um pouco sobre a experiência improvisando, sobre o papel como Frank e até sobre o reboot de Gossip Girl. Confira:

Estava lendo seu post no Instagram mais cedo, falando sobre trabalhar nesse filme com Drake. Quando você se tornou fã dele, e porque vocês dois acharam que Frank era um papel pra você?

“Eu já sabia de Drake faz um tempo. Como todo mundo, eu amei Like, Crazy e também gostei do filme recente dele com Nicholas Hoult, Equals. Eu também estava muito interessado em fazer um filme e improvisar, porque o filme praticamente inteiro é improvisado. Eu nunca trabalhei desse jeito antes. Recebi uma ligação dizendo, Ei, você quer encontrar com Drake e falar sobre esse filme e ler o rascunho? E o rascunho tinha tipo, 80 páginas. Tinham dois papeis masculinos na época. Encontrei com ele e falei ‘Admito, não sei qual dos dois você quer pra mim, mas eu me identifico muito com os dois. Amo os dois.’ e aí conversamos intensamente. Sobre relações e estar com 30 anos e o mundo em que vivemos hoje, todas as nossas experiências. Novamente, eu não sabia pra onde iríamos, mas ele foi bem honesto comigo e eu com ele. Nos despedimos e depois de um tempo ele me ligou pra fazer uma sessão com alguém que ele pensou pro papel de Daphne, eu fui e tive uma sessão de 3 horas improvisando com ele, e depois ele me ligou dizendo que queria que eu fizesse o papel de Frank e eu estava de boa com isso.

Só 80 páginas. Todo o resto é improvisado? Todo o diálogo do filme?
Sim, aquilo tudo era do dia, do momento, acontecendo ao vivo. Basicamente, o roteiro só descrevia a cena: Daphne sai de um relacionamento e vai morar com os melhores amigos. Estão fazendo uma festa de ano novo, e ela encontra Frank, que pede um cigarro. Era tudo na base da descrição, mas em termos de diálogo e como chegaríamos neles, foi tudo improvisado. Foi uma experiência interessante porque nunca trabahei assim e nenhuma tomada era repetida. Eu terminei me sentindo muito vulnerável. Você não está escondendo nada.
A improvisação realmente foi boa pro filme. Saí dele me sentindo mais emocionada do que eu esperava. 
Todos nós já tivemos relacionamentos e sabemos como são difíceis. São complexos e tem várias camadas. Sei lá, eu sempre amei comédias românticas. Cresci vendo When Harry Met Sally e tudo isso, mas as vezes sinto que relacionamentos não são mostrados na confusão, vulnerabilidade e dor que realmente são. É por isso que amei trabalhar com ele porque ele vai ao núcleo das situações. Fico feliz de escutar que você se identificou com o filme porque é o que ele quer. Ele quer que você pense ‘Já tive essa conversa antes, já estive nessa situação antes’.
As comédias românticas tem ressurgido, mas não tanto assim os dramas românticos como esse. Você acha que tem um motivo pra isso? 
Eu amo comédias românticas e há espaço pra elas, mas elas são cheias de esperança. As vezes, quando eu vou ao cinema, não quero necessariamente ver o que minha vida é. Quero ficar tipo, Ei! É legal pensar que poderia ser assim. Se você quer se inspirar ou rir um pouco, tem esses elementos. Mas as vezes você quer ver um filme que te faça sentir menos sozinho nas suas experiências. Vários filmes europeus chegam mais próximo disso, e eu acho que Drake ama vários filmes europeus e se influenciou muito por eles. Estruturalmente, nas comédias românticas, você tem coisas maiores acontecendo, né? Enquanto nesse, as coisas grandes acontecem, mas com transições bem mais suaves entre elas.
Frank é o ‘jogador’ do filme, enquanto Jack é o ‘cara bonzinho’, por falta de uma definição melhor. Você já citou antes que não sabe porque é frequentemente escalado como o “bad boy”. Ainda não sabe? 
 Não sei! Não sei. A verdade é, o motivo de eu dizer que eu poderia interpretar Jack é que eu falo muito na minha vida. Eu fico filosofando muito. Tento ler coisas. Depois eu penso sobre elas e quero falar sobre elas. Eu me identifico com esse aspecto de Jack. E na verdade, muito de Frank e Daphne que filmamos foi engraçado. Eles tiveram muitos ‘vai e voltas’, mas o que acabou no filme – acho que Drake nunca esqueceu a visão que teve pra Frank – foi ele sendo muito mais sombrio do que quando nós filmamos. Fico feliz que ficou assim porque precisava do contraste. Mas não sei! Fico feliz de acharem que eu consigo fazer isso. Sou uma das pessoas mais neuróticas e que mais pensa que eu conheço. Então não sei como acontece, mas acontece.
Achei que uma grande parte de Frank foi a grande jaqueta de camurça. Já que a maior parte do filme foi improvisada, você teve algo a ver com as roupas dele?  
Ah sim, eu fiquei com aquela jaqueta, pra começar. É uma jaqueta ótima. O que é ótimo sobre Drake é que ele ficou tipo ‘Escutem, as pessoas vestem a mesma coisa toda hora. Se algo funcionar, ficaremos com ela.’ e eu fiquei tipo, sim, o cara provavelmente faz as coisas sem pensar muito então ele deve ter poucas coisas. Acho que eu vesti alguns dos meus jeans próprios. As botas que usei eram minhas. Drake queria que usássemos coisas nossas pra ficarmos confortáveis.
O filme originalmente chamava “No, No, No, Yes” e acabou sendo “Endings, Begginings”. Como a mudança de título estruturou o filme? 
Sempre foi algo em construção. Vi que estava combinando com a experiência – todo não e todo sim eram combinados com relações que ela estava vivendo. Endings, Begginings é mais específico. Sei que por um tempo ele até considerou um título feito apenas de emojis, o que eu achei que seria bem divertido.
Ah, sim. Eu amo as mensagens de texto no filme. 
Tem esse elemento no espaço de tempo que estamos e essa nova linguagem. Eles fizeram ser com que Jack e Frank tivessem jeitos muito específicos de mandar mensagens. Jack provavelmente usa pontuações, e Frank não. [risos]
Você trabalhou com algumas das garotas de Big Little Lies agora. Tem planos de trabalhar com outras, tipo Zoe Kravitz, Reese Witherspoon, o Laura Dern?
Isso nem me passou pela cabeça e é meio engraçado. Nunca conheci Reese, eu acho. Conheci Laura. Se a oportunidade surgir, ótima. Certamente eu não teria problema com um papel na segunda temporada. Eu faria sem pensar. Eu amei a primeira temporada.
E mais uma pergunta que tenho que fazer. Gossip Girl vai ter um reboot, e Chace disse que o faz sentir velho, mas ele aceitaria. Você pensa nisso?
[risos] Eu nem sei… é estranho. De alguma forma várias pessoas falam comigo sobre Gossip Girl e eu sempre achei que fui um guest star. Foi uma série bem especial. Definitivamente definiu alguns anos, todos nós tivemos nosso caminho iniciado ali. Seria hilário, estranho e louco. Ele está certo – somos velhos. Não sei o que eles fariam comigo na série, mas se houvesse algo engraçadinho e eles me ligassem falando que tem todo mundo e vão fazer algo, eu não vou ser o escroto que diz não. Talvez eu fique no fundo comendo um sorvete.