Sebastian concedeu nova entrevista ao The Daily Beast, na qual comentou algumas fanarts ‘Stucky’ (Steve e Bucky), falou sobre Batman vs Superman e Guerra Civil. Confira a matéria completa:

Se Sebastian Stan já passou horas pesquisando na vasta e muito detalhada rede de fan arts dos Vingadores que existe para a eternidade na internet, ele faz um trabalho explêndido escondendo isso em uma tarde recente em Los Angeles.

O ator, 33, abre um sorriso manhoso quando falo dos infinitos modos nos quais os fãs do Capitão América imaginaram a ardente amizade entre Cap e Bucky Barnes, amizade de décadas que alguém poderia discutir que desabrochou em amor no novo filme ‘Guerra Civil’. Ofereço a Stan um vislumbre de uma fan art, na qual Bucky se enrola na cama, abraçado a um ursinho do Capitão. “Quero dizer, esse sou eu com um ursinho,” ele diz. “Que legal.”

Uma outra retrata uma cena de Steve e Bucky se beijando apaixonadamente em uma cama. “Isso é —nossa. Pesado.”

E finalmente, antes de seguir para outro tópico, um desenho adorável dos dois dormindo em paz, com o braço biônico possessivamente em volta do torso de Steve.

“Isso é bem legal,” ele sorri. “Ei, cara,” ele encolhe os ombros, com um traço brincalhão nos olhos. “As pessoas vêem esses filmes com todo tipo de pensamento.”

“Minha coisa preferida foi aquela música do Daft Punk,” ele adiciona. “Up All Night to Get Bucky!’ Isso foi ótimo. Foi realmente ótimo.”

Depois de interpretar o melhor amigo de Steve em dois filmes do Capitão América e em Homem-Formiga, Stan ganha um enorme tempo na tela em Guerra Civil, no qual o traumatizado ex-assassino se encontra no meio dos conflitos internacionais que coloca os Vingadores um contra o outro e o mundo contra seus super herois. Finalmente vemos o lado torturado do Soldado Invernal enquanto ele aparece e desaparece nas sombras, seus longos cabelos escondidos em um capuz como um viajante europeu. Quando Bucky é acusado de um ato terrorista, seu amigo Steve o defende. E um novo capítulo no destino dos dois começa.

“Eu não acho que ele saiba expressar suas emoções,'” Stan diz. “É como o filme Taxi Driver. Ele é alguém muito sozinho. É meio deprimente! Ele é alguém juntando os pedaços de sua vida e lidando com uma doença pós-traumática. Ele está paranoico, porque não sabe se está sendo seguido ou observado. Ele não confia em si mesmo porque está aprendendo sobre tudo o que fez e não lembra. Está muito isolado e meio assustado como um animal. Ele está apenas perdido.”

“O que ele aprende,” Stan adiciona, “é que a sua única pessoa e esperança é Steve Rogers. Porque Steve é o único cara que o manterá vivo.”

Talvez, eu ofereço, isso seja porque Steve o ama.

“Claro! Ele é sua única família. Esses caras tem 99 anos,” ele ri. “Não é incrível pensar desse modo? São dois caras deslocados em um mundo totalmente diferente, eles não têm ninguém, foram arrancados de seus passados. Eles nunca tiveram escolha. Certamente, Bucky nunca teve uma. A ideia dele era ‘Estou indo pra guerra, pois isso é o que devo fazer pelo meu país, e depois voltarei e começarei uma vida’—mas ele nunca pôde.”

Stan imagina que Bucky teve um ajuste muito difícil na vida, um homem forçado a entrar no século 21 lutando com o tormento existencial que ele estava sob o controle de vilões. As maiores lutas de Bucky, Stan supões, são suas habilidades com as pessoas. “Não que ele necessariamente sequer lembre os anos 1940, mas era diferente,” ele diz. “As pessoas agora agem diferente, usam tecnologia, acho que isso pra ele, tarefas diárias como ir ao supermercado pegar comida, assistir filmes, ir ao museu — tudo isso, acho que são coisas que ele provavelmente está fazendo sozinho.”

Bucky vai sozinho ver filmes?

“O que mais ele pode fazer?” Stan sorri. “Não sei se necessariamente ele compra um café e relaxa no domingo lendo um jornal,” ele adiciona. “Acho que ele deve ler as notícias e falando ‘Porra—que porra tá acontecendo nesse planeta? Onde estou? Quem eu sou?’ Mas eu diria, sim, que ele está tendo momentos difíceis.”

Stan considera os temas políticos mais profundos do filme—como negociamos os custos de guerra e a paz em escala internacional, dentro do contexto de uma sequencia de super herois.

“Não dá pra evitar pensar em como isso se aplica nas nossas vidas atualmente,” Stan oferece. “Mas nossos trabalhos são focar nos personagens e seus objetivos. Acho que é mais o trabalho dos escritores e diretores mostrar pra audiência ‘Ei, isso te faz pensar sobre como seria se o governo lesse seu celular? Como pessoas com muito dinheiro e poder ou acesso a armas nucleares são permitidas a atuar livremente, ou não?'”

“Nem posso dizer quantas vezes vi uma pessoa sem teto em Nova York, e quando lhe dou alguma coisa, escuto que é um veterano,” ele diz. “Acho que Bucky representa uma dessas pessoas que voltam e não sabem como retomar a sua vida, e é isso que o filme significa pro meu personagem. É tipo, ‘E agora? Pra onde vou daqui?'”

Stan dá a Guerra Civil uma crítica brilhante. Sua cena favorita, ele diz, é uma que ele compartilha com Anthony Mackie, o Falcão, enquanto os dois amigos de Cap estão em um banco de um carro. “É como 48 Horas, Nick Nolte e Eddie Murphy— é como eu vejo,” ele diz. “Eu, particularmente, gostaria de um remake com nós nois. Só estou dizendo. Nós podíamos fazer 50 Horas juntos.”

Ano passado, após Zack Synder soltar alguns golpes no Universo Cinematográfico da Marvel, Stan golpeou de volta defendendo o MCU. “Digo, os Russos estão pegando algo que as pessoas são acostumadas e moldando de um modo diferente,” ele disse ao Collider. “Eles não estão tentando imitar um filme melhor que Christopher Nolan ou algo assim.”

Agora que nós já vimos Batman v Superman e Guerra Civil, peço a Stan uma pequena crítica ao concorrente.

“Eu vi Batman v Superman,” ele diz sorrindo, “e eu gostei.”

Enfatizando positivamente, ele ecoa os sentimentos de muitos fãs da DC. “Acho que visualmente foi insano. Acho que Ben Affleck foi um Batman incrível. Aquela sequência de luta que ele teve com os caras, aquilo foi demais. Até  Jesse Eisenberg me fez rir em alguns pontos.”

“Acho também que a DC está em um ponto, na minha impressão, que estão querendo chegar na Liga da Justiça. Eles querem chegar no ponto de todos lutando juntos. Acho que o melhor jeito de pular pra isso foi dar o que muitas pessoas queriam ver faz tempo: Batman vs. Superman, dois dos maiores super herois da história lutando um contra o outro.”

“Mas,” ele adiciona, “Eu trabalho na Marvel, cara.”