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ENTERTAINMENT WEEKLY – Ó capitão, meu capitão! Como ‘Falcão e o Soldado Invernal’ confronta o legado do herói da América

Depois de Vingadores: Ultimato, o mundo Marvel está esperando por um herói. Felizmente, dois estão chegando na próxima série de eventos MCU

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— Sebastian Stan Brasil (@sebstanbr) March 16, 2021

Era março de 2014 quando o elenco de Capitão América: O Soldado Invernal se reuniu em Londres para a parte do Reino Unido de sua turnê internacional de imprensa. Para alguns, como Chris Evans, Scarlett Johansson e Samuel L. Jackson, este não foi o primeiro rodeio com o Marvel Studios. Eles sabiam seus pontos de discussão e como entreter os repórteres na coletiva de imprensa trocando histórias de guerra e alimentando-se da energia uns dos outros. Sebastian Stan, apenas em seu segundo filme na franquia, foi mais reservado. Ele ofereceu sorrisos calorosos e riu junto com as piadas do grupo, mas manteve suas próprias respostas um tanto breves. Quando questionado sobre quaisquer lesões no set que possam ter ocorrido, ele disse: “Sinceramente eu não sentia nada até estar no carro, a caminho de casa, quando não conseguia sair do assento. Mas tenho certeza de que machucamos uns aos outros.”

À sua esquerda, Anthony Mackie entrou na conversa: “Você não me machucou”, disse ele em um tom suave, quase amoroso, enquanto eles se olhavam. Isso fez o público rir. Stan animou-se, devolvendo o que Mackie oferecia: “Você?! É a primeira vez que vejo você”, brincou.

Mackie tinha inadvertidamente resolvido um pequeno problema para os publicitários da Disney que administravam aquela turnê. “Eles estavam preocupados porque eu não falava muito. Eu fico muito desconfortável”, Stan admite à EW, em uma chamada do Zoom, direto de Vancouver, para um bate-papo com seu colega de trabalho em Nova Orleans em janeiro passado. “Eles ficam tipo, ‘Basta colocá-lo com Anthony, ok? Eles vão conversar.’ E eu estava falando!”, ele diz. “No final, eu estava muito animado e é realmente graças a ele.”

Mackie concorda. “Eu sou o ketchup para as batatas fritas de Sebastian.”

Stan não pode deixar de sorrir: “Belo jeito de explicar!”.

Qualquer que seja o tempero especial, é essa dinâmica lúdica entre os atores que fez a Marvel querer centrá-los em sua própria série, ‘Falcão e o Soldado Invernal’. Estreando nesta sexta-feira na Disney + após o sucesso de estreia WandaVision, a série mostra os dois melhores amigos do Capitão América — o sábio pára-resgate Sam Wilson (Mackie) e o super-soldado geneticamente aprimorado da Segunda Guerra Mundial, Bucky Barnes (Stan) — lidando um com o outro tempo suficiente para enfrentar uma crise global envolvendo um grupo de milícia mascarado e um Helmut Zemo (Daniel Brühl), o grande vilão do filme Capitão América: Guerra Civil (2016). Por acaso, o redator principal Malcolm Spellman aponta para uma cena desse filme como “o momento em que este programa nasceu”. Os fãs sabem disso muito bem: um Bucky apertado na parte de trás de um velho Fusca perguntando a Sam: “Você pode mover seu assento para cima?” Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, também olha para a batalha da dupla com o Homem-Aranha mais tarde em Guerra Civil, que ofereceu uma oportunidade para mais brincadeiras. “Eles são tão engraçados”, diz Feige. “Esses são os dois momentos que nós [no Marvel Studios] assistiríamos e diríamos, ‘Eu quero assistir isso! Eu quero assistir mais deles juntos!’”

Conforme a produção de ‘Falcão e o Soldado Invernal’ em Atlanta, em outubro de 2019, aumentava, Stan precisava ser lembrado dessa relação. Mais uma vez, ele dá crédito a Mackie. “Acho que ele lidou muito melhor com a temperatura do show do que eu, porque havia momentos em que eu estava com muito medo e realmente tentando descobrir a verdade de tudo”, diz Stan. “Ele teve que me puxar de volta e ser tipo, ‘Ei, lembre-se de que também vamos nos divertir um pouco!’” E esse é o show em poucas palavras: uma comédia de amigos lançada no meio de um thriller internacional de ação.

‘Falcão e o Soldado Invernal’ foi pensado para ser a primeira série Disney + da Marvel, uma demonstração de força no espaço da TV dos idealizadores por trás de uma das franquias de Hollywood mais bem-sucedidas da história. Apesar de um embaralhamento de programação e um atraso de produção devido ao COVID-19 e agora ter sua estréia após WandaVision, o curso para a série de seis episódios de uma hora — assim como toda a fase 4 — permanece o mesmo. O objetivo do show é definir como será o mundo do MCU após os eventos de Vingadores: Ultimato. Mais especificamente, ele estabelece como seria sem o Capitão América. Steve Rogers (Evans), envelhecido por causa de suas aventuras de viagem no tempo, escolheu Sam como seu sucessor no final de Ultimato, mas o Falcão notavelmente observa que o escudo parece “como se fosse de outra pessoa”. Para Spellman, como um homem negro, essa era a essência do que ele queria que a série se tornasse.

“A ideia de criar uma série que apresenta um super-herói afro-americano, e como ele respondeu a esse [momento], gerou um milhão de ideias”, diz ele. É a ideia de “explorar um herói decididamente negro e decididamente americano no clima atual”.

“A série é muito honesta e direta e muito sem remorso sobre como lidar com a verdade do que significa ser americano, Capitão América, um Capitão América negro — se isso for uma coisa”, Mackie elabora.”Acho que retomando de onde paramos no final de Ultimato, a série progride extremamente bem ao fazer essas perguntas e realmente explicar por que Sam disse que o escudo parece pertencer a outra pessoa.”

Mackie não acredita que haja “uma figura de fato do Capitão América” aqui. Pelo menos não no começo. “Eu acho que a coisa mais importante é, como nós agora definimos o Falcão e o Soldado Invernal? Quando você foi definido por tanto tempo como um Vingador ou um super-herói, quando você não é mais isso, o que você é?”

O produtor executivo da Marvel Nate Moore e a co-produtora executiva Zoie Nagelhout se encontraram com vários escritores em busca de um líder para ‘Falcão e o Soldado Invernal’. Spellman, que escreveu Nossa União, Muita Confusão (2010) e episódios da série da Fox, Empire, subiu para o topo da lista. Ele tinha “um pé no que seria necessário para uma série de ação divertida”, diz Feige, “mas também, sendo um homem negro que trabalhava nesta indústria, [ele tinha] pontos de vista muito específicos que são necessários para revelar o tipo de história que queríamos contar, especificamente de Sam Wilson.”

A ordem, lembra Spellman ao apresentar o programa, era “isso não pode ser TV”. Em vez disso, ele decidiu com a diretora Kari Skogland e com os outros roteiristas fazer com que cada episódio “parecesse um evento, não apenas no que diz respeito ao espetáculo na tela, mas à maneira como você conta a história”. Skogland diz: “Todo mundo disse que estamos fazendo um longa-metragem de seis horas. Vamos separá-lo para que no final pareça televisão, mas vai parecer um longa-metragem de seis horas.” Feige observou na turnê virtual do Television Critics Association em fevereiro que esses “programas não são baratos. O custo por episódio é muito alto”.

Mackie tinha algumas reservas, digamos, sobre essa abordagem quando ele se encontrou separadamente com a Marvel meses após Ultimato. “Fiquei horrorizado”, diz ele, “de ser a cobaia do primeiro spin-off [para a TV] de um filme da Marvel”. Ele continua: “Você está nesta franquia incrível e tudo funciona. A última coisa que você quer fazer é liderar a primeira coisa que não funciona, porque é 100 por cento na sua conta. Eu não quero ser o cara que destrói uma franquia inteira da Marvel.”

Ele se sentiu um pouco mais à vontade quando Feige entrou em contato antes do início das filmagens. “Eu não vou deixar você ser uma ‘merda’”, ele prometeu a sua estrela. Mas foi assistir aos episódios finalizados e ao que a Marvel fez com WandaVision que aumentou a confiança de Mackie. Agora, o ator sente que “a Marvel revolucionou o jogo do cinema” ao trazer “o escopo e a magnitude” da tela grande para a pequena. “Se Kevin disser que não será uma merda, eu apostaria nisso”, diz ele.

Um caso internacional

Em uma locação em Praga, onde a produção de ’Falcão e o Soldado Invernal’ foi movida no início de 2020, Mackie e Stan estavam no saguão de seu hotel quando notaram uma equipe de filmagem alemã com cerca de 20 atores nas proximidades. Eles não sabiam dizer para o que era, apenas que esta trupe certamente reconheceu seu co-star Brühl. “Ele conhece todos eles!” Mackie lembra. “Ele está falando francês, espanhol e alemão, e então se vira para mim e diz: ‘Ex Machina, eu sou um grande negócio.’”

Stan ri do apelido de Brühl para Mackie. “Ele estava tipo, ‘Onde está Ex Machina?’ Ai meu Deus, isso foi tão engraçado.”

“Eu me diverti muito com esses dois”, Brühl lembra daqueles dias no set. “Éramos realmente um triângulo muito especial, devo dizer.” Enquanto isso, no contexto da série em si, Brühl se encontra mais em desacordo com suas co-estrelas.

Spellman e Skogland foram muito informados pelo filme Guerra Civil na formação do enredo de ‘Falcão e o Soldado Invernal’. É o filme que joga com a dinâmica de Sam e Bucky, Sharon Carter de Emily VanCamp e Zemo de Brühl — todos com destaque na série. Zemo estava sendo levado para uma prisão alemã por causa de um complô para colocar os Vingadores uns contra os outros como recompensa por sua família que morreu em Sokovia. “Ele passou muito tempo naquela cela de prisão para ler muito, para pensar muito. Portanto, pode ter certeza de que ele não está tramando nada de bom”, promete Brühl.

“Pense no que Zemo passou e o que o motiva”, acrescenta Spellman. “Agora imagine que você tem seis episódios para cavar e permitir que ele sinta o que uma pessoa se sentiria se alguém tivesse destruído seu país e sua família.”

Brühl estava em Budapeste filmando a segunda temporada de The Alienist em 2019 quando recebeu um convidado inesperado. Foi Skogland. Ela voou do Canadá com uma mala especial. Bruhl se lembra de estar sentado em seu apartamento, observando a diretora descompactar o pacote misterioso. Era como uma cerimônia, cheia de pompa e circunstância tentadoras. Quando a mala finalmente se abriu, uma máscara roxa estava dentro — a máscara que é a assinatura do Barão Zemo das histórias em quadrinhos, se tornou real. “Foi um momento muito especial e emocionante para mim”, diz ele. “Nós veríamos Zemo agora finalmente com aquela roupa icônica.”

A máscara por si só mudou o desempenho de Bruhl. Em Guerra Civil, Zemo estava puxando as cordas nas margens. Seu novo traje, completo com um dramático casaco de colarinho, agora sugere a “origem aristocrática” do personagem, diz o ator. “Eu me senti um barão.”

Embora Bruhl não possa revelar muito sobre a próxima trama do vilão, existem algumas pistas. “Não deveria ser permitido que super-heróis existissem”, declara Zemo nos trailers da série da Marvel. Spellman promete que “não é uma linha passageira”.

“É verdade que Zemo no passado, e possivelmente também no presente, é estritamente contra os super-soldados, porque ele viu o perigo que isso pode causar”, diz Bruhl. “É por isso que ele perdeu toda a família na guerra de Sokovian. Isso é algo que incomoda Zemo e o faz pensar muito.”

Falando em ameaças mascaradas, a atriz Erin Kellyman foi vista em uma prévia do filme exibindo uma máscara preta exibindo uma marca de mão entre dezenas de aliados igualmente adornados. Esta organização, que os fãs já devem ter adivinhado corretamente, parece exibir habilidades semelhantes às de super-soldados. “Erin vai ser completamente diferente do que qualquer um espera”, brinca Spellman. “Não posso entrar nisso, mas vai ser divertido porque as pessoas acham que sabem e não sabem.”

Skogland elabora um pouco mais. “Estamos adotando toda a noção de que é uma ladeira escorregadia e que os vilões nem sempre parecem vilões”, diz ela. “Às vezes você nem sabe que é um vilão até que acerta você no rosto.”

Esses adversários estão “enraizados em motivações humanas legítimas”, bem como “para onde nosso mundo está indo, tanto o bem quanto o mal”, diz Spellman. Ele chama Zemo de “o realce dos tempos”, no sentido de que “são suas opiniões sobre as coisas que estão acontecendo que farão as pessoas estabelecerem conexões com o mundo real”.

VanCamp concorda que ‘Falcão e o Soldado Invernal’ é “relevante” em nosso momento atual. Sua personagem, Sharon, está fugindo do governo desde que restaurou o escudo do Capitão América em Guerra Civil, e Spellman promete que descobriremos onde ela esteve todo esse tempo. “Sharon realmente consegue… Vou usar o termo ‘crescer’”, diz ele, “não por causa da idade. Sharon emerge como adulta agora porque sua vida está sendo trazida à luz do personagem.”

Pela primeira vez, o VanCamp teve a oportunidade de fazer um workshop sobre o estilo de luta de Sharon. Ela teve uma breve briga com Bucky, que estava sob uma lavagem cerebral, em Guerra Civil, mas agora sua personagem está em “um cenário muito diferente do que ser uma agente S.H.I.E.L.D.”, diz ela. “Conversamos longamente sobre isso. Muitas versões diferentes foram filmadas e enviadas. Para mim, todo esse material físico é muito divertido.”

‘Falcão e o Soldado Invernal’ (junto com WandaVision) está entre as primeiras novas entradas no MCU desde a compra altamente divulgada de propriedades da 20th Century Fox pela Disney em 2019. A compra devolveu os direitos de personagens populares da Marvel como os X-Men e o Quarteto Fantástico para a Marvel Studios. Isso torna a caixa de areia na qual o MCU agora é reproduzido muito maior.

Ouvimos Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) ser mencionada como seu pseudônimo tradicional dos quadrinhos, Feiticeira Escarlate, em WandaVision, e a estrela de Lovecraft Country, Jonathan Majors, foi escalado como Kang, o Conquistador no próximo filme do Homem-Formiga. Feige confirma para a EW que esses detalhes específicos “já estavam livres e claros” para eles usarem antes da aquisição, mas há certas coisas chegando em ‘Falcão e o Soldado Invernal’ que refletirão essa caixa de areia maior. Ele não quer definir expectativas muito altas, mas provoca: “Há um cenário em particular que as pessoas já viram em alguns dos trailers que é um cenário da Marvel Comics que não estava disponível anteriormente para nós, mas é mais um easter-egg por si só.”

Tempos de mudança

O elenco e a equipe pousaram em Praga por cerca de cinco dias em março de 2020, quando a ligação que eles esperavam evitar veio. Stan diz que estava comemorando o aniversário de 106 anos de Bucky na época em que disseram para fazer as malas e ir para casa (10 de março é o aniversário oficial de Bucky no MCU.) Ele e um amigo foram ao “mais autêntico restaurante da Europa Oriental” que encontraram, onde garçons cantavam parabéns para o Soldado Invernal e trouxeram um bolo. “E então, 10 minutos depois, recebemos uma ligação dizendo que estávamos indo para casa”, disse Stan. “Isso por si só foi muito estranho. Eu senti como se estivéssemos no final de Argo. ‘Basta fazer as malas e voltar para casa!’” Então, em 11 de março, eles fizeram. “Voltei para Atlanta e fiquei pensando que de alguma forma talvez íamos voltar às gravações de lá, e obviamente não o fizemos. Mas tudo parecia muito assustador e desconhecido.”

Feige se sente sortudo que a pandemia não acabou alterando completamente o plano para a Fase 4 da Marvel. O homem por trás da cortina da Marvel tinha acabado de subir no grande palco Hall H da San Diego Comic-Con no verão de 2019 para anunciar uma programação ambiciosa. Inicialmente, Feige diz, o plano era lançar ‘Falcão e o Soldado de Inverno’ na Disney+ depois de Viúva Negra nos cinemas com o mesmo valor de produção de grande orçamento “para provar que não estamos jogando.” “E então”, continua ele, “íamos puxar o tapete de todos e fazer uma sitcom em preto e branco com WandaVision. É divertido que tenha sido o contrário.” Embora esse plano tenha que mudar, o arco de história em todos os filmes e programas se manteve estável, já que “vários deles são relativamente autônomos ou se conectam a Ultimato”.

Skogland não era a única a pensar que os lockdonws durariam algumas semanas, no máximo. Então surgiu a realidade de que ficariam fora de serviço por alguns meses. “Mas rapidamente nos recuperamos”, diz ela. As filmagens foram retomadas em Praga em setembro, e a produção foi encerrada oficialmente em outubro.

Para Stan, a pandemia e os eventos que a cercaram acrescentaram mais significado à história de ‘Falcão e o Soldado Invernal’. “Isso realmente aproveitou muito a experiência que todos nós tivemos de várias maneiras diferentes em 2020”, diz ele. ‘Eu senti que estávamos fazendo algo que era muito mais importante, na verdade, do que quando começamos. Não eram apenas esses personagens continuando em sua jornada, mas também era uma maneira de explorar muitos temas que são muito relacionáveis com o que aconteceu e o que vimos.’

O escudo do Capitão América parecia, para Skogland, uma metáfora de peso. Como o próprio Sam diz na série: “O legado desse escudo é complicado.” O legado da América é igualmente confuso. “[Sam] tem que decidir o que será carregar o escudo, e ele tem muitos sentimentos sobre como será o futuro do escudo, assim como Bucky,” ela diz.

O governo dos EUA tem seu próprio conjunto de sentimentos sobre o escudo, particularmente como ele pertence a um certo John Walker. Wyatt Russell entra no MCU em ‘Falcão e o Soldado Invernal’ como o personagem conhecido como Agente Americano nos quadrinhos. De acordo com a tradição da Marvel, ele é a escolha do governo para suceder Steve como Capitão América. “Ele é um personagem complicado. Isso é o que me atraiu nele”, diz Russell sobre o papel. “Será divertido ver como todos esses três caras interagem em termos de qual é sua identidade. Acho que posso dizer com segurança que é um show sobre identidade e o que isso significa para cada pessoa específica.”

“Aquele personagem dos quadrinhos, o que ele representa é extremamente relevante”, comenta Spellman. “Nós mudamos um pouco dos quadrinhos, então adicionamos algumas dimensões muito, muito diferentes, especialmente depois que Wyatt se envolveu e começou realmente a habitar o personagem. Mas o espírito, tudo que você precisa fazer é ler os quadrinhos da Marvel e então imagine que não fizemos metade do que está lá. Essa é a minha maneira de dizer que não posso falar sobre Wyatt.”

É mais do que uma questão de saber o que o símbolo do Capitão América significa no mundo de hoje. Trata-se, mais simplesmente, do que é um herói?

“Tradicionalmente, um herói é retratado como um guerreiro ou soldado de algum tipo, e agora um herói abrange toda uma outra camada de cidadão responsável, que é o primeiro a responder, e mais do que nunca em nossa história internacional de hoje”, Skogland diz. “Os primeiros respondentes da linha de frente, que também é o que Sam é, tornam-se uma parte integrante de nossa exploração do que é um herói.”

As respostas a essas perguntas terão impactos drásticos no avanço da MCU. Semelhante a como WandaVision leva diretamente para o filme Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, Spellman diz que pode pensar em três projetos do topo de sua cabeça que são ligados a ‘Falcão e o Soldado Invernal’ e sobre os quais ele “não tem permissão para falar”. Feige confirmou que a Marvel está de fato planejando várias temporadas para alguns dos programas da Disney+, mas se isso pertence a esta série em particular, entra no “reino do spoiler”, diz ele. “Temos um futuro traçado para personagens pós-Falcão e o Soldado Invernal, mas não quero dizer muito mais do que isso.”

Mackie está mais interessado em ver como os espectadores reagirão ao ver os momentos mais simples da vida dos braços direitos de Cap. “Você realmente consegue ver [Sam] apenas como um cara normal”, diz ele. “Você consegue vê-lo sentado em casa assistindo TV, em todas as facetas de sua personalidade. Acho que quando você vê os dois personagens juntos e como eles são drasticamente diferentes, isso funciona em muitos níveis diferentes.” Isso remonta ao elemento de diversão que uma vez ele apontou para Stan.

“O que acontece quando o Soldado Invernal não consegue encontrar seu cereal favorito?” Mackie pondera.

Stan já resolveu. “Geralmente é um diálogo interno que ele tem que passar e dizer a si mesmo: ‘Hoje não é o dia.’”