DECIDER – Não foi uma surpresa quando a internet abusou do emoji de olhos arregalados no começo dessa semana após Sebastian Stan ter postado uma foto com a bunda de fora, incluindo a legenda “Quando eu digo que demos ‘tudo’, não foi exagero”. Ele estava se referindo ao seu último filme, Monday, disponível por demanda em plataformas dos EUA e ele não mentiu. Ele deu tudo de si, e não só  o seu belíssimo exterior, mas também seu interior honesto. 

Stan é um dos melhores atores românticos dos últimos tempos. Eu amo um filme de romance por si só, mas se ele está no filme, pode contar comigo. Enquanto todos nós conhecemos ele como Bucky Barnes, que ele interpreta atualmente em Falcão e o Soldado Invernal, série do Disney+, são nos seus projetos mais metafóricos que ele tem a oportunidade de brilhar.

Esse fato ficou bem aparente em “Endings, Beginnings”, filme de Drake Doremus lançado ano passado onde ele vive um romance com a personagem de Shailene Woodley pelas costas do seu melhor amigo, interpretado por Jamie Dornan. E tivermos a re-confirmação disso com Monday, onde ele interpreta um DJ americano chamado Mickey, que se apaixona pela também americana Chloe (Denise Gough), enquanto eles vivem na Grécia. Nos dois filmes, Stan interpreta um homem que você sabe que NÃO é bom VAI dar problema em algum momento, mas ele parece ser um problema que vale a pena… Ou pelo menos uma pessoa que você gostaria de se envolver, física e emocionalmente antes mesmo de pensar se isso é uma boa ideia- e nos dois cenários, o sexo é tão bom que te faz voltar por mais. 

Mas o real apelo não é quando o ator mostra a bunda, e sim o coração. Stan não está tentando ser o Príncipe Encantado. Mas ele pode, só pra constar! Mas isso não o interessa. Em seus filmes românticos, Stan traz uma autenticidade aos seus personagens que atingem sempre o mesmo objetivo: você se apaixona por esse homem apesar do seu julgamento, assim como a personagem feminina faz na história, porque você simplesmente não consegue se controlar. É a realidade da atuação dele que vende a história. Pouquíssimos atores trazem esse nível de vulnerabilidade nas cenas, deixando tudo desnaturadamente natural. Dessa forma, um superstar da Marvel consegue ser acessível. Ou no mínimo, consegue fazer você imaginar uma aventura andando de Vespa com ele. 

Monday foi dirigido por Argyris Papadimitropoulos, que escreveu o roteiro em parceria com Rob Hayes e é meu gênero de filme favorito: uma história sobre duas pessoas que se apaixonam – e acabam descobrindo que continuar apaixonado é a parte mais difícil. Gough está sempre a par de Stan durante toda a história, entre os belos dias de verão e as noites quentes, despindo suas almas (e mais) nas telas. É íntimo e vulnerável, traçando os sacrifícios que os personagens fazem por amor, enquanto eles fazem decisões que vão de boa para ruins e muitas que ficam nesse meio ao longo da história. Não é uma história inovadora, mas é autêntica e encantadora, principalmente interpretado por esses atores.

A sabedoria de Stan anda sempre de mãos dadas com as mulheres que ele contracena, mas ele ainda traz uma vibe inigualável para essas histórias de amor que os atores contemporâneos ainda precisam acompanhar (se já tentaram). Em Falcão e o Soldado Invernal, tivemos a impressão de que a vida amorosa do Bucky seria explorada, e é uma pena que isso não aconteceu. Os personagens românticos de Stan podem ser descritos como “almas livres”, mas ver como ele interpretaria o romance com taciturno Bucky seria uma grande novidade. 

Embora o ator tenha evitado sabiamente comédias românticas pré-fabricadas, mesmo sabendo que ele seria charmoso, as histórias que Stan escolha são cheias de ‘nuance’ e ele está mostrando um novo tema ao seu trabalho. Em nenhum momento parece que ele está pensando se está sendo suave ou descolado, em vez disso, se mostra o mais honesto possível. A aparência não machuca, mas é a confiança e o carisma que vendem suas atuações. Em outras palavras, não tem como ter medo de domingo sabendo que o Stan estará te esperando na segunda (em Monday).